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Risco Catastrófico bbrbet mines -Global e Segurança Alimentar no Brasil

A expressão "risco catastrófico global" refere-se a riscos de alto impacto e incerteza que,óficoGlobaleSegurançbbrbet mines - caso ocorram, têm o potencial de desencadear falhas em um ou mais sistemas críticos dos quais a humanidade depende para sobreviver (por exemplo, infraestrutura humana básica, sistemas alimentares, de saúde, de governança, entre outros).

Alguns desses riscos têm o potencial de gerar a perda de mais de 10% da população humana. Outros, em uma perspectiva mais severa, se enquadram na classificação de riscos existenciais, que se mal gerenciados ou negligenciados podem eliminar a espécie humana ou impactar a capacidade de reconstrução dos sobreviventes após um evento, comprometendo o potencial de desenvolvimento de futuras gerações.

Eventos catastróficos ocorreram muitas vezes na história. Peste negra na Europa, a gripe espanhola, as duas guerras mundiais e, mais recentemente, a pandemia da COVID-19, são exemplos bastante conhecidos que causaram mais de 10 milhões de mortes.

Atualmente, uma vasta gama de riscos emergentes possui potencial catastrófico. Pandemias, mudanças climáticas extremas, colapso ecológico, impacto de asteroides, desenvolvimento tecnológico veloz, uso indevido ou as consequências não intencionais da inteligência artificial (IA), sobretudo quando mal regulada, a criação de armas biológicas, o uso intencional ou acidental de armas nucleares e a escalada para a guerra nuclear fazem parte da lista.

Esses exemplos impactam sistemas complexos, interligados e vulneráveis. Quanto menos preparados para uma gestão contingencial, mais suscetíveis às consequências desta espécie de risco global estaremos.

Tomemos como exemplo os sistemas alimentares, uma das questões mais relevantes da atualidade. No passado, esses sistemas eram mais simples, com uma produção de alimentos que eram vendidos diretamente aos consumidores do mercado local. Hoje, dependem de cadeias e redes em grande escala, de insumos, patentes e produtos industriais que permitem a produção e o transporte eficiente dos alimentos. Essa complexidade gera prós e contras. Um dos pontos nevrálgicos são as potenciais falhas neste processo, que têm o potencial de impactar em cascata outros sistemas dependentes e na dinâmica social como um todo. ​

Pelo fato de serem socioecológicos e caracterizados por elementos interdependentes, multiescalares interligados no tempo e no espaço, os sistemas alimentares existem a nível global, regional, nacional e local. A mudança nesses sistemas pode ser desencadeada por fatores internos e externos, bem como por mecanismos de feedback entre eles. Os impulsionadores internos, como a expressão diz, provêm do próprio sistema, como os ganhos de produtividade devido à inovação. Os externos incluem o crescimento populacional, os conflitos, a instabilidade geopolítica, urbanização, entre outros. Os feedbacks e o efeito em cascata podem ser de curto ou longo prazo ou vir acompanhados de atrasos, como os impactos das emissões de GEE. A sua complexidade torna os sistemas alimentares sujeitos a dinâmicas não lineares, imprevisibilidade e surpresa que foram recentemente demonstradas novamente através da pandemia de COVID-19, bem como de mais uma crise de preços dos alimentos após a invasão da Ucrânia.

No Brasil, o aumento de 35% no preço dos ovos no ano de 2023 possui uma representatividade prática que nos permite compreender de forma simples toda a complexidade envolvida no contexto observado por esta escrita. A alta do valor da proteína popular ocorreu apesar da produtividade brasileira, recorde no mesmo ano. Fatores como gripe aviária, impacto das mudanças climáticas no alimento dos animais e alta do dólar estão entre as causas.

Reconhecer a complexidade de um sistema e a teia de conectividade que o circunda muda a percepção sobre risco e resiliência. Uma perspectiva de risco sistêmico está ligada a estruturas causais interligadas, de regra não lineares, como o impacto das secas na produção de alimentos, na saúde, nos meios de subsistência, na resiliência econômica e na paz.

As recentes alterações do Quadro de Sendai para Redução do Risco de Desastres 2015-2030, adotado inicialmente durante a Conferência Mundial sobre Redução do Risco de Desastres (RRD), em 2015, demonstram observar esta realidade. Além da perspectiva do distanciamento da mera resposta e centramento na vulnerabilidade, exposição e capacidade da população para lidar com os riscos, passou-se a reconhecer a necessidade de reflexão e preparo das políticas de redução de risco de desastre frente à crescente complexidade do risco de catástrofes no século XXI. Apesar deste encorajamento, a própria agenda e poucos países levam plenamente em conta a complexidade do cenário de risco global envolvida em diferentes sistemas.

Experiências históricas, com o fim de civilizações, e mesmo de acontecimentos recentes, como a pandemia, são muito mais do que um alerta para a necessidade do desenvolvimento de uma perspectiva de planejamento a longo prazo, sem negligenciar a necessidade de prontidão para a contingência mais grave.

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